A leptospirose é uma zoonose muito difundida, ainda negligenciada e emergente, sendo globalmente subestimada. Buscou-se analisar o espaço-temporal e traçar o perfil epidemilógico da leptospirose em humanos no estado de Pernambuco, no período de 2007 a 2022. A metodologia tratou-se de um estudo retrospectivo, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/DATASUS). No período estudado avaliou-se 3.506 notificações arquivadas nas XII GERES (Gerências Regionais de Saúde) do estado. Os meses com mais notificações foram entre abril e agosto, principalmente nos anos de 2010, 2011 e 2019. As maiores notificações foram entre os indivíduos do sexo masculino, com idade entre 15 e 59 anos, da raça parda, com grau de escolaridade de 5º a 8ª série incompletos, tendo a cura como principal prognóstico. Detectou-se que a leptospirose é infecção zoonótica, endêmica nas grandes cidades, associada a falta de sanemaento básico e presente em populações que sobrevivem em precárias condições de vida.