Resumo O excessivo consumo de suplementos alimentares, aliado a uma legislação inespecífica e a um controle de qualidade ineficiente, faz com que a saúde dos consumidores seja colocada em risco devido à possível existência de contaminantes, em especial pró-hormônios, esteroides anabolizantes e estimulantes. Estes compostos podem proporcionar um aumento do desempenho esportivo e acarretar uma série de efeitos adversos, sendo assim proibidos pela Agência Mundial Antidopagem. A contaminação de suplementos pode ocorrer de maneira deliberada ou através de más práticas de produção, em que são encontrados traços dessas substâncias. Todavia, ambos os casos exigem atenção, já que uma contaminação de apenas 0,00005% em massa pode levar ao doping. Neste sentido, estima-se que de 6,4% a 8,8% dos casos estejam relacionados ao consumo de suplementos contaminados. Perante estes fatos, os objetivos principais do trabalho foram: fazer uma revisão da literatura tanto em trabalhos nacionais quanto internacionais, no que concerne à contaminação de suplementos alimentares e sua relação com a dopagem não intencional, bem como orientar os consumidores a escolherem produtos mais seguros. Neste sentido, foi possível observar que os suplementos nacionais são, geralmente, mais seguros quanto à presença de substâncias proibidas, principalmente em relação à contaminação por agentes anabolizantes. Contudo, ainda é preciso um melhor controle de qualidade perante a contaminação/adulteração por estimulantes.