Através da ação antrópica os ambientes aquáticos estão sendo cada vez mais poluídos por detritos plásticos. Os peixes são úteis como indicadores de qualidade ambiental, uma vez ao ingerem microplásticos seu comportamento é alterado. O objetivo deste trabalho foi analisar, classificar e quantificar a presença de microplásticos no trato gastrointestinal da espécie carnívora Hoplias malabaricus, adquiridas de um pescador em nov/22, jan, mar mai, jul, set e nov/23, para desse modo se obter uma representatividade amostral com indivíduos de diferentes tamanhos; em uma área georreferenciada dentro do reservatório Moxotó. Em laboratório, os peixes foram medidos, pesados e eviscerados para a retirada do trato gastrointestinal que foi analisado sob estereomicroscópio. Para confirmação de microplástico foi utilizado peróxido de hidrogênio (H2O2) junto com sulfato ferroso (FeSO4(s)). Os microplásticos foram separados e classificados por tamanho, coloração e tipo (filamento, plástico duro e plástico mole). Realizou-se a média da concetração de microplásticos por indivíduo, o desvio padrão, a análise de variância e o teste de Tukey a 5%, sendo essas duas últimas estatísticas efetuadas no programa Sisvar 5.7. Foram analisados 70 espécimes, encontrando-se um total de 62 microplásticos, onde a maioria foi para o tipo filamento e na cor azul. Sendo importante por ser o primeiro registro de ingestão de microplástico nesse ambiente ao confirmar o consumo pela traíra, indicando poluição por partículas plásticas menores que 5mm.