A expatriação tem sido uma maneira eficiente de conduzir os negócios internacionais. Diversas pesquisas mostram, entretanto, os insucessos do processo, principalmente por efeito da necessidade de adaptação do empregado em outro país. Sugerem-se, pois, novos olhares teóricos para entender o processo de expatriação, tais como a teoria de sensemaking de Weick (1995). Com o objetivo de analisar o processo de expatriação à luz da teoria de sensemaking de Weick (1995), esse ensaio teórico apresenta argumentos que corroboram o entendimento de que a expatriação não é somente uma questão de adaptação do empregado e que as ferramentas gerenciais disponíveis não contribuem nem para o ajustamento do indivíduo, nem para o sucesso da expatriação. Esta relaciona-se com a criação de sentido e de uma identidade para o indivíduo, características importantes no desenvolvimento de sensemaking. Entende-se, portanto, que a adaptação do expatriado se vincula ao que a nova realidade passa a representar para ele e que as relações criadas facilitam o processo adaptativo. Como contribuição gerencial, mostra-se a simplicidade do conceito de expatriação, o qual é enquadrado em uma ideia temporal e territorial, evidenciando-se mais amplo do que concebido pela literatura.