“…Alguns microrganismos como o Staphylococcus aureus, produzem toxinas que são responsáveis por intoxicações alimentares causadas também pela ingestão através do produto contaminado, pois essa, diferente da infecção, necessita apenas da toxina e não do agente infeccioso em si (FRANCO e LANDGRAF, 1996). Já os microrganismos deteriorantes são aqueles que trazem modificações aos alimentos, tornando-os impróprios para o consumo e/ou para serem usados como matéria prima; essas mudanças nos aspectos podem ser causadas por bactérias, leveduras, fungos e bolores, todos dependentes das características físicoquímicas que tal alimento apresente (ROMA, et al, 2020) Apesar de existirem substâncias como a lactoperoxidase e aglutininas, presentes no leite cru, que são inibitórias de microrganismos, elas são rapidamente inativadas após a ordenha deixando o leite livre para a proliferação de deteriorantes que afetam sabor, odor, cor, rancidez, viscosidade e produzem gases que alteram a sua acidez. Pode-se citar Lactobacillus lactis como modificador do odor normal do leite, Pseudomonas syncyanea responsável por alteração na cor, coliformes e algumas espécies de Bacillus são os principais produtores de CO 2 e H 2 (FRANCO e LANDGRAF, 1996).…”