O traumatismo dentário é um evento bastante comum, representando uma situação de urgência que compreende questões físicas e psicológicas. O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência das fraturas coronárias em dentes permanentes e também uma possível complicação, como a necrose pulpar, decorrente do traumatismo dentário. Este estudo transversal e retrospectivo foi realizado por meio da avaliação dos prontuários e exames radiográficos de um centro de referência em traumatismos dentários na cidade de Maringá-PR, entre os períodos de janeiro de 2008 a dezembro de 2014. Os dados demográficos de interesse foram: sexo, idade do paciente no momento da injúria traumática, dente acometido, causa, tipo da injúria traumática, estágio de desenvolvimento radicular e presença de necrose pulpar. O sexo masculino (68%) foi mais acometido que o sexo feminino (32%), sendo que as injúrias ocorreram mais frequentemente nos pacientes com idade entre 6-11 anos (60%). O incisivo central superior foi o dente mais afetado (74%) e a injúria mais frequente foi fratura de esmalte e dentina sem exposição pulpar (70%). A necrose pulpar foi observada em 14% das fraturas coronárias. O teste exato de Fisher não demonstrou uma associação entre a necrose pulpar e as fraturas coronárias (p=0,1153) e entre a necrose pulpar e o estágio de desenvolvimento radicular (p=0,191). A prevalência de fraturas coronárias é maior em crianças e adolescentes. Uma frequência pequena de necrose pulpar foi observada e não se observou uma associação com as fraturas coronárias e o estágio de desenvolvimento radicular.Descritores: Traumatismos Dentários; Prevalência; Necrose da Polpa Dentária.