As reabsorções dentárias internas são geralmente assintomáticas e quase sempre diagnosticadas em exames radiográficos de rotina. O objetivo deste estudo é apresentar um relato de caso clínico de um dente acometido por reabsorção radicular interna inflamatória não perfurante, com intuito de divulgar informações que sirvam de subsídios para orientar os profissionais frente a esses casos, auxiliando na conduta terapêutica. Paciente do sexo feminino, 53 anos de idade, foi encaminhada ao curso de especialização da Faculdade CIODONTO após realização de um exame radiográfico periapical de rotina, o qual mostrou reabsorção interna não perfurante à nível de terço médio radicular do dente 12. Radiograficamente foi verificado que o contorno dos limites pulpares sofre uma expansão relativamente simétrica de aspecto balonizante, contornos regulares e arredondados. Após a abertura coronária, foi observado sangramento compatível à polpa vital, irrigando-se, inicialmente, com água de Cal. O preparo biomecânico pela técnica coroa-ápice sem pressão foi realizado e como medicação intracanal foi selecionado o Callen por 30 dias e pasta L&C por 90 dias. Após esse período, foi realizada a obturação dos canais radiculares pela técnica termoplástica híbrida de Tagger e cimento endodôntico à base de hidróxido de cálcio. A proservação foi realizada após 1 ano e o sucesso da terapia endodôntica foi constatado. Dessa forma, de acordo com o protocolo indicado na literatura é permitida a resolução clínica efetiva de dentes acometidos por reabsorção interna não perfurante, mostrando-se uma ótima alternativa de tratamento conservador.