RESUMOA radiação não ionizante (RNI) está cada vez mais presente no cotidiano da população. Emitida por fontes diversas que vão desde aparelhos celulares à transformadores de energia elétrica, a RNI é associada a problemas epidemiológicos tais como dores de cabeça, estresse, e possível influência no surgimento de leucemia infantil. Com o rápido crescimento vertical urbano, os edifícios são construídos mais próximos e mais altos, diminuindo a distância entre as fontes de RNI e a conexão com o exterior que possibilita a dissipação da energia gerada. A investigação realizada discute o fenômeno no qual as capitais brasileiras tendem a crescer formando massas densas e verticais, e justifica sua relação com a concentração de radiação. O estudo feito envolve as cidades João Pessoa (PB), Manaus (AM) e Teresina (PI), que mostraram situações diversas nas quais a morfologia urbana apresenta uma relação às oscilações e aos altos níveis de radiação não ionizante coletados em medições, seja pela proximidade entre edifícios, pela relação com o entorno topográfico ou pela homogeneidade urbana. Fatores como área construída, massas vegetais, gabarito das edificações, ocupação, relevo e presença de fontes emissoras de grande porte foram considerados na análise morfológica e como base para as conclusões obtidas com a pesquisa.