Este artigo apresenta uma análise detalhada sobre a segurança dos anestésicos venosos em pacientes lactantes, destacando a relevância do aleitamento materno para a saúde infantil e materna e abordando as preocupações com a transferência de anestésicos para o leite materno. A revisão da literatura foi conduzida em várias bases de dados, resultando na seleção de 22 publicações pertinentes. O estudo abrange diversas classes de fármacos anestésicos, incluindo agentes sedativos como alfa2 agonistas, benzodiazepínicos e hipnóticos, além de opioides. Cada classe é analisada quanto à sua passagem para o leite materno e possíveis efeitos em lactentes. Entre os sedativos, a Dexmedetomidina e os benzodiazepínicos como Diazepam e Midazolam são discutidos, com recomendações específicas sobre seu uso seguro. Hipnóticos como Etomidato, Cetamina e Propofol também são avaliados, enfatizando a rápida depuração e segurança no uso em mães lactantes. Nos opioides, a morfina é mencionada como segura em dose única, enquanto o uso de Tramadol é desaconselhado devido ao risco de sedação e depressão respiratória nos lactentes. Fentanil e seus derivados, como Alfentanil, Sufentanil e Remifentanil, são considerados seguros em doses únicas, com mínima transferência para o leite materno. Os resultados do estudo enfatizam a importância do aleitamento materno, indicando que a transferência dos anestésicos venosos para o leite é geralmente insignificante em doses únicas, não representando riscos para lactentes saudáveis. Entretanto, o artigo ressalta que lactentes com comorbidades ou prematuros podem ter maior risco de efeitos colaterais, e recomenda que cada caso seja avaliado individualmente pelo anestesista e pediatra, considerando o risco/benefício.