Alterações patológicas que ocorrem na parede arterial são as principais causas para formação de um aneurisma. A incidência de aneurismas verdadeiros de artéria esplênica (AAE) é rara, sendo normalmente mais prevalentes em mulheres e diagnosticados por tomografia computadorizada. AAEs pequenos (até 2 cm) geralmente são achados incidentalmente e assintomáticos enquanto que AAEs gigantes (maiores que 10 cm) são bastante incomuns e apresentam risco de ruptura de até 28%, com uma taxa de mortalidade de 40%. Os AAEs estão sendo diagnosticados atualmente com mais frequência devido a maior disponibilidade de tomografia computadorizada e angiografia, com métodos de imagem como ultrassonografia, tomografia e angiotomografia computadorizadas e ressonância magnética fazendo parte do arsenal diagnóstico, em que condições como cistos, pseudocistos e tumores císticos pancreáticos, leiomiomas gástricos e leiomiossarcomas precisam ser diferenciados dos AAEs gigantes. O tratamento cirúrgico é universalmente indicado para todos os aneurismas sintomáticos, AAEs gigantes, dentre outros. As intervenções abertas são reservadas para casos com hemodinâmica instável ou rupturas e são consideradas padrão-ouro no tratamento de AAEs gigantes. Este trabalho relata um caso clínico envolvendo os aspectos do diagnóstico e tratamento bem sucedido de uma paciente de 64 anos com AAE gigante com mais de 20 cm no seu maior eixo diagnosticado através de angiotomografia computadorizada e submetida a aneurismectomia com esplenectomia com desfecho favorável, contribuindo para maior entendimento acerca dessa rara condição.