Incontinência fecal e urinária é um problema atual de saúde pública, com enorme impacto social e econômico. Tratamentos para esse problema são insuficientes. Após investigação anatômica, percebemos o assoalho pélvico como tecido composto independente que compartilha pedículo vascular (ilíaca interna) e neuronal (pudendo) comum. Neste manuscrito nós descrevemos transplante de órgãos pélvicos em ratos e cadáveres. Doador - Uma incisão combinada perineal e abdominal foi realizada. A dissecção progrediu perto do anel pélvico; o nervo pudendo e seus vasos foram divididos permitindo a mobilização total do assoalho pélvico. Através da incisão abdominal, genitália, bexiga e reto foram mobilizados. A aorta e a veia cava foram isoladas, preservando os vasos ilíacos internos e os vasos espermáticos. Os enxertos contendo pele, complexo muscular, ligamentos, bexiga, uretra, vagina ou pênis, reto, ânus, útero, ovário, testículo e seus condutos foram removidos. Receptor - A mesma estratégia de incisão e dissecção do doador foi realizada. Os vasos ilíacos internos, incluindo vasos retais e nervos pudendo foram divididos e os tecidos do assoalho pélvico foram removidos em bloco. A aorta e a veia cava infra-renal foram isolados, o enxerto foi colocado no abdômen e foi realizada anastomose aorta-aorta e cava-cava. Também realizamos anastomoses do ureter, reto e nervos e vasos pudendo. O assoalho pélvico foi colocado em sua posição original por pontos entre os ligamentos do assoalho pélvico, nervos e vasos pudendo, peritônio e da pele, concluindo a operação. Nesta pesquisa, mostramos que a cirurgia de transplante do assoalho pélvico é viável.