Recebido para publicação em 15/07/2015 Aceito para publicação em 12/04/2016 RESUMO: Considerando os diferentes usos etnofarmacológicos apresentados pela planta Luehea divaricata, realizou-se este estudo com o objetivo de avaliar as atividades antinociceptiva e antinflamatória do extrato etanólico de suas folhas, em modelo animal, nas dosagens de 20, 40, 80 e 160 mg/Kg, por via oral. Foram realizados os seguintes testes: contorções abdominais induzidas pelo acido acético, placa quente, formalina e edema de pata induzido por carragenina. Foram utilizados camundongos Swiss (20-25 g) para os três primeiros testes e ratos Wistar (180-250 g), para o último, divididos em seis grupos de oito animais, totalizando 48 animais em cada parâmetro de avaliação. Os resultados foram analisados estatisticamente pela análise de variância a 5% de probabilidade, para verificar quais os tratamentos que diferiram entre si, e estes foram submetidos aos testes de Kruskall-Wallis e Student-Newman-Keuls. O extrato etanólico das folhas de L. divaricata (EEtOH-Ld), nas diferentes doses estudadas, apresentou significativa atividade antinociceptiva sobre a dor induzida quimicamente por injeções intraperitoneal de acido acético e intraplantar de formalina. Na dosagem de 160 mg/Kg, esse extrato apresentou ação analgésica central, aos 120 minutos de observação, no teste de placa quente e reduziu o edema de pata induzido pela administração de carragenina, uma hora após a administração do agente inflamatório, semelhante ao efeito produzido pelo fármaco padrão.
Palavras-chave: açoita-cavalo, dor, plantas medicinais.ABSTRACT: Antinociceptive and anti-inflammatory activities of Luehea divaricate ethanol extract. Considering the different ethnopharmacological uses submitted by the plant Luehea divaricata, this study took place in order to evaluate the antinociceptive and anti-inflammatory activities of the ethanol extract of the leaves in an animal model, the dosages of 20, 40, 80 and 160 mg/kg by oral intake. The following tests were performed: writhing induced by acetic acid, hot plate, formalin, and paw edema induced by carrageenan. Swiss mice (20-25 g) were used for the first three tests and Wistar rats (180-250 g) for the last, divided into six groups, each of eight animals, totaling 48 animals for each assessment parameter. The results were statistically analyzed by analysis of variance at 5% probability to verify which treatments differ, and these were tested by Kruskal-Wallis and Student-Newman-Keuls. The ethanol extract of L. divaricataleaves (EEtOH-Ld) at the different studied doses showed significant antinociceptive activity on chemically induced pain by intraperitoneal injections of acetic acid and intraplantar formalin. At a dosage of 160 mg/kg, this extract showed a central analgesic action after 120 minutes of observation in the hot plate test and reduced action in the paw edema induced by carrageenan one hour after the administration of the inflammatory agent, similar to the effect produced by the standard drug.