ResumoAtualmente três medicações (dissulfiram, naltrexona e acamprosato) são aprovadas pela Food and Drug Administration (FDA) para tratar a dependência de álcool. As drogas anticonvulsivantes clássicas são raramente empregadas como alternativa por causa dos seus efeitos colaterais, mas a sua última geração pode ser útil. Os anticonvulsivantes podem ser uma alternativa aos benzodiazepínicos (BZD) e a outros tratamentos farmacoló-gicos na prevenção de complicações na desintoxicação por apresentarem ausência de propriedades aditivas e um melhor perfil de efeitos adversos do que os anticonvulsivantes clássicos. Anticonvulsivantes como carbamazepina, ácido valpróico, gabapentina e topiramato demonstraram-se excelentes tratamentos para síndrome de abstinência do álcool e prevenção de recaídas. Embora nenhum desses agentes tenha sido aprovado pela FDA, existe uma crescente evidência na literatura que apóia o seu uso. Palavras-chave: anticonvulsivantes, alcoolismo, carbamazepina, ácido valpróico.
AbstractCurrently three medications (disulfiram, naltrexone and acamprosate) are approved by the FDA to treat alcohol dependence by the FDA. The classical anticonvulsive drugs are rarely employed as an alternative because of their side effects, but the latest generation of anticonvulsants could be useful. The anticonvulsants can be a alternative to BZD and other pharmacological treatments in the prevention of complications during the detoxification therapy, because of the absence of addictive properties and a better adverse effects profile than classical anticonvulsant drugs. Anticonvulsants such as carbamazepine, valproic acid, gabapentin and topiramate have shown to be excellent treatment for alcohol withdrawal and for the prevention of alcohol relapse. Although none of these agents have been approved by the FDA yet, there is growing evidence in the literature to support their use.