ResumoEntre os organismos xilófagos, os fungos são os maiores responsáveis por grandes prejuízos na produção de madeira. O uso de fungicidas químicos por tempo prolongado tem como implicação o surgimento de linhagens mais resistentes e a toxidez ao ambiente. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito fungitóxico do extrativo tanino derivado da Acácia Negra (Acacia mearnsii) sobre o crescimento micelial do fungo Pycnoporus sanguineus, causador da podridão branca. Três metodologias foram elaboradas para trabalhar com o produto (esterilizando, não esterilizando e filtrando) e quatro concentrações (0,5; 1,0; 1,5 e 2,0%) foram individualmente incorporadas ao meio de cultura (BDA), avaliando-se o crescimento radial do micélio avaliados e comparados com a testemunha. O procedimento se repetiu com a metodologia avaliada como sendo a mais adequada, porém aumentando as concentrações (3,0; 4,0 e 5,0%). As concentrações de 4 e 5% mostraram-se as mais eficientes sobre a atividade fúngica, sendo que a segunda demonstrou inibição total em 50% das placas avaliadas, apresentando também o menor índice de crescimento micelial dentre todos os tratamentos testados.Palavras-chave: tanino, decomposição, podridão branca, ensaio fungitóxico.
AbstractAmong the xylophagous organisms, fungi are mostly responsible for major losses in wood production. The prolonged use of chemical fungicides implies in the emergence of more resistant lines and toxicity in the environment. The goal of this study was to evaluate the toxic effect of the tannin extractive derived from the black wattle (Acacia mearnsii) on the mycelial growth of the fungus Pycnoporus sanguineus, causing white rot. Three methodologies have been developed to work with the product (sterilizing, nonsterilizing and filtering) and four concentrations (0.5, 1.0, 1.5 and 2.0%) were individually incorporated into the culture medium, evaluating the radial growth of the evaluated mycelium and results were compared with the non-treated specimen. The procedure was repeated with the methodology evaluated as being the most adequate, but increasing concentrations (3.0, 4.0 and 5.0%). The concentrations 4 and 5% were more efficient to fungal activity, and the second showed total inhibition in 50% of the plaques evaluated, also showing the smallest mycelial growth rate among all treatments tested.