2020
DOI: 10.5007/175-7984.2020v19n45p337
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“Antigos” e “Novos” no jornalismo brasileiro dos anos de 1980 e 1990: Uma identidade profissional em disputa

Abstract: O presente artigo discute como, nos anos de 1980 e 1990, foram delineadas importantes formas de dominação e estratégias simbólicas no jornalismo brasileiro. Para tanto, discute as mudanças no mercado de trabalho dos jornalistas, o impacto da exigência legal do diploma para o exercício da profissão, a ampliação do número de escolas e a importância da adoção de regras próprias para a redação jornalística visando à consolidação de um modelo de trabalho e de escrita profissional. Mostra como no conflito entre “ant… Show more

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“…O conflito entre "novos" e "velhos" jornalistas que se acirrou nas décadas de 1980 e 1990 é sintomático das mudanças demográficas ocorridas a partir do estabelecimento da obrigatoriedade do diploma (BERGAMO, 2011(BERGAMO, , 2014(BERGAMO, , 2020MORAES, 2017). Ele opõe os profissionais ingressantes no jornalismo na década de 1950 ("velhos"), que, conforme a citação de Abreu (2002, p. 39) acima aponta, foram formados principalmente nas redações, atuaram politicamente à esquerda, assumindo uma postura marcadamente crítica, e cuja produção central era a reportagem, produzida a partir da experiência e da apuração em campo; e os "filhos da pauta" ("novos"), jornalistas com conhecimentos técnicos adquiridos nos cursos universitários de jornalismo, que trabalham sobretudo sentados em frente aos computadores nas redações, produzindo notícias e informações de forma acrítica.…”
Section: Subcampos E O Jornalismo De Educaçãounclassified
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“…O conflito entre "novos" e "velhos" jornalistas que se acirrou nas décadas de 1980 e 1990 é sintomático das mudanças demográficas ocorridas a partir do estabelecimento da obrigatoriedade do diploma (BERGAMO, 2011(BERGAMO, , 2014(BERGAMO, , 2020MORAES, 2017). Ele opõe os profissionais ingressantes no jornalismo na década de 1950 ("velhos"), que, conforme a citação de Abreu (2002, p. 39) acima aponta, foram formados principalmente nas redações, atuaram politicamente à esquerda, assumindo uma postura marcadamente crítica, e cuja produção central era a reportagem, produzida a partir da experiência e da apuração em campo; e os "filhos da pauta" ("novos"), jornalistas com conhecimentos técnicos adquiridos nos cursos universitários de jornalismo, que trabalham sobretudo sentados em frente aos computadores nas redações, produzindo notícias e informações de forma acrítica.…”
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“…O grande número de "novos" jornalistas, por sua vezalém do fato de que passaram a ocupar cargos de importância nas redações -, redefiniu o balanço de forças a favor da notícia: a profissão está cada vez menos identificada com a reportagem (BERGAMO, 2014, p. 222-223). Bergamo (2020) As oposições assinaladas por Bergamo (Ibid.) -"novos" e "velhos"/ "universidade"/ "empresas jornalísticas" são algumas das dimensões estruturantes do campo jornalístico na atualidade.…”
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