A Bauhinia variegata Linn pertence à família Fabaceae e é utilizada popularmente como hipoglicemiante. Estudos fitoquímicos isolaram flavonoides, terpenos, esteroides e derivados do naftaleno, e por essa razão, este artigo objetiva descrever os resultados de farmacocinética, toxicidade e atividades biológicas obtidos em estudos in silico das moléculas isoladas para B. variegata. As bases de dados online para coleta dos dados foram: PreADMET e PASS online. Para o desenho das estruturas químicas e caracterização físico-química: MarvinSketch, Mcule property calculator e Chemicalize. Os resultados sugeriram que o Caempferol, 2'-hidroxi-4',6'- dimetoxi-3,4-metilenodioxichalcona, Campferol3-O-α-L-ramnosídeo, (2S)-5,7-dimetóxi-3’,4’-metilenodioxiflavanona e 5,6-dihidro-1,7-dihidroxi-3,4-dimetóxi-2-metildibenz[b,f]oxepina apresentaram melhor padrão farmacocinético, devido as características físico-químicas serem alinhadas com Lipinsk, entretanto, todos os compostos apresentaram inibição sobre o citocromo P450 (CYP). O Lupeol foi o mais favorável enquanto antineoplásico; o β-Sitosterol e o Heptatricontan-12, 13-diol capacidade antiviral; os flavonoides (Campferol3-O-α-L-ramnosídeo e 2'-hidroxi-4',6'- dimetoxi-3,4-metilenodioxichalcona) e o Lupeol atividade antiparasitária; o Campferol3-O-α-L-ramnosídeo e o Lupeol potencial anti-inflamatório. A ação hipoglicemiante não foi encontrada, mas a via de liberação do hormônio pode ser outra. Os compostos obtiveram resultados tóxicos nos diferentes níveis tróficos e em relação à avaliação da carcinogenicidade e mutagenicidade. Com base nestes aspectos, o Campferol3-O-α-L-ramnosídeo e o Lupeol parecem ser as moléculas mais promissoras em atividades biológicas, podendo atuar como antimaláricos, com modificações necessárias na sua estrutura para a diminuição dos seus efeitos tóxicos, bem como apresentando aspectos farmacocinéticos aceitáveis caso sejam candidatos à fármacos.