As infecções fúngicas têm representado uma grande importância nos últimos anos, devido a um aumento progressivo com elevadas taxas de morbimortalidade. Dentre essas infecções, cita-se não só as provocadas por Candida albicans como agente patogênico, mas as por Candida parapsilosis, que representa, hoje, a segunda causa de candidemia a nível mundial. A Indústria farmacêutica possui diversos fármacos disponíveis que são eficazes contra essas infecções fúngicas, mas a estrutura e a composição química dos fungos fazem com que eles desenvolvam diferentes mecanismos de resistência a esses produtos. Com isso, tem aumentado cada vez mais a busca por formulações que sejam eficazes e que consigam combater essas infecções fúngicas. Nessa busca, os produtos à base de plantas medicinais têm se destacado, dentre as diferentes espécies vegetais, cita-se a Libidibia ferrea como uma alternativa, visto que já demonstrou atividade antimicrobiana e antifúngica frente a cepas de Candida albicans. Objetivos: Este trabalho teve como objetivo testar a atividade antifúngica do extrato hidroalcoólico das folhas da espécie vegetal Libidibia ferrea frente a Candida parapsilosis. Métodos: As folhas da espécie vegetal Libidibia ferrea foram coletadas em São-Luís/Ma, secas e submetidas à técnica de extração por maceração utilizando como líquido extrator uma solução hidroalcoólica 70% por um período de 15 dias. Após extração, o extrato foi concentrado em rotaevaporador para obtenção do extrato hidroalcoólico das folhas de Libidibia ferrea designado pela sigla EHLf. Após a extração, o EHLf foi submetido às análises fitoquímicas e análise da atividade in vitro pelo método de microdiluição seriada. Resultados: Foi constatado que o EHLf apresentou uma quantidade abundante de saponinas e taninos, e moderada de flavonoides. Além disso, verificou-se que o extrato exerceu um efeito inibitório mínimo com concentração de 12,5 mg/mL sobre C. parapsilosis. Conclusão: Observou-se que o EHLf apresentou propriedades antifúngicas contra a cepa de C. parapsilosis, o que sugere que ele pode ser uma espécie promissora como alternativa terapêutica para o tratamento de infecções causadas por este fungo.