Introdução: a infecção do trato urinário (ITU) é uma das mais frequentes na população, atrás apenas daquelas que acometem o sistema respiratório. Esta patologia acomete ambos os sexos, havendo prevalência no sexo feminino. O principal causador das ITUs é a Escherichia coli uropatogência (UPEC), representando até 80% das infecções. A sintomatologia do paciente pode variar de acordo com o sítio anatômico da infecção. O diagnóstico padrão-ouro da ITU é a urocultura com antibiograma, tendo em vista sua possibilidade de identificar o microrganismo causador da infecção e guiar a antibioticoterapia. Como o tratamento costuma ser feito empiricamente, há um aumento da resistência bacteriana aos antibióticos utilizados, tornando necessário estudos que analisem o perfil de resistência das bactérias. Metodologia: para a execução desse estudo retrospectivo, foram coletados, a partir de um laboratório de análises clínicas de Cascavel/PR, resultados do ano de 2020 de uroculturas positivas para E. coli com antibiograma, provenientes de pacientes com ITU adquirida na comunidade. Resultados: foram obtidos 358 resultados adequados para os critérios de inclusão. Destes, 84,63% eram pertencentes ao sexo feminino. A faixa etária mais acometida foi de 0 a 4 anos, representando 22,90% dos casos. Dos antibióticos estudados, ficaram acima do limiar de 20% de resistência o ácido nalidixico, ampicilina com sulbactama, ampicilina, aztreonam, cefalotina, cefepima, ciprofloxacina, levofloxacina, norfloxacina e trimetoprima com sulbactama. Os demais medicamentos avaliados apresentaram resistência abaixo de 20%, tornando sua prática viável. Conclusão: a E. coli apresentou-se com diferentes prevalências e incidências entre este e demais estudos, tornando importante seu acompanhamento constante.