A couve-manteiga (Brassica oleracea) é uma hortaliça importante para os agricultores brasileiros devido à sua resistência às oscilações de temperatura, o que permite sua disponibilidade durante todo o ano. Esta hortaliça é altamente consumida, pois contém propriedades nutracêuticas e baixo teor calórico, no entanto, possui vida útil limitada, resultando em perdas devido à falta de tratamentos, embalagens e armazenamento adequados. Estudos têm explorado o uso de biopolímeros à base de amido para aumentar a vida útil pós colheita de frutas. No entanto, ainda não há pesquisas sobre a utilização desses biopolímeros na preservação da couve-manteiga. Assim, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar a qualidade pós-colheita da couve-manteiga in natura e minimamente processada, utilizando revestimento à base de amido. O experimento foi conduzido na Embrapa Hortaliças, em Brasília, DF, Brasil e no Instituto Federal Goiano, Campus Morrinhos, GO, Brasil. Utilizou-se o delineamento experimental em blocos casualizados, com 4 repetições. Os tratamentos foram compostos de amostras de folhas inteiras e minimamente processadas, submetidas ao revestimento de amido após sanitização e uma amostra, sem aplicação do revestimento, para fins de comparação (testemunha). As amostras foram armazenadas sob refrigeração e avaliadas quanto a umidade, cinzas, vitamina C, clorofila a, clorofila b, pH, compostos fenólicos e capacidade antioxidante, a cada três dias durante doze dias. Os dados foram submetidos à ANOVA e teste tukey, a 5% de probabilidade. Os resultados indicaram que não houve diferença significativa entre as amostras quanto ao pH e que o revestimento foi eficaz na manutenção das propriedades antioxidantes, nutracêuticas e físico-químicas das couves inteiras e minimamente processadas por até 6 dias de armazenamento. Assim, a aplicação do revestimento é eficiente na conservação da couve-manteiga, oferecendo uma alternativa viável para prolongar sua vida útil sem comprometer a qualidade.