Os estudos de substâncias obtidas de vegetais vêm adquirindo novas perspectivas, em razão dos problemas associados à terapêutica de diversas infecções, principalmente no que diz respeito à resistência aos antimicrobianos. OBJETIVOS: Avaliar a atividade antibacteriana de plantas medicinais, frente a diferentes espécies de bactérias, bem como analisar seus perfis cromatográficos. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram obtidos o extrato hidroalcoólico e as frações diclorometano, acetato de etila, n-butanol e aquosa das plantas Alternanthera brasiliana, Plantago major, Arctostaphylos uva-ursi e Phyllanthus niruri, que foram testados pelo método de microdiluição em caldo utilizando-se cepas de Mycoplasma genitalium, Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Staphylococcus saprophyticus, Proteus mirabilis e Klebsiella pneumoniae. Com isso, foi determinada a concentração inibitória mínima (CIM) das amostras. O perfil cromatográfico dos extratos e frações foi determinado por meio da técnica de cromatografia em camada delgada. RESULTADOS: A fração acetato de etila de A. uva-ursi apresentou CIM de 125 µg/mL contra M. genitalium e de 31,25 µg/mL contra S. aureus, sendo essa última uma atividade antibacteriana excelente. Para a mesma fração, P. niruri apresentou atividade antibacteriana moderada, com valores de CIM de 250 µg/mL contra M. genitalium e S. aureus. As espécies A. brasiliana e P. major apresentaram fraca ou nenhuma atividade contras as cepas testadas. CONCLUSÃO: Não foi possível estabelecer uma estreita relação entre o uso popular, a atividade antibacteriana in vitro e o perfil fitoquímico das plantas, uma vez que os efeitos antibacterianos das espécies vegetais estudadas variaram frente às diferentes bactérias com e sem parede celular.