Este artigo apresenta uma revisão da literatura empírica sobre apego a Deus. O método utilizado foi a revisão integrativa, com levantamento nas bases BVS, CINAHL, Periódicos CAPES, PsycARTICLES, PubMed, SciELO e SocINDEX. Após exame das 254 publicações encontradas, 62 estudos foram selecionados para análise, categorizados em cinco grandes temas: “construção ou validação de escalas”, “ciclos da vida”, “saúde mental”, “experiência religiosa” e “aconselhamento e cuidado espiritual”. O apego parental influencia na maneira como a pessoa irá construir ou não uma relação de apego a Deus. O apego a Deus pode ser um meio para atenuar o sofrimento e para reparar os modelos internos de funcionamento da pessoa. Pessoas com apego seguro a Deus apresentam um aumento sadio da espiritualidade e adotam comportamentos que favorecem a saúde física e emocional. Pessoas com apego inseguro a Deus apresentam instabilidade na espiritualidade e reportam mais aflição, podendo sofrer um declínio na saúde mental. Os conceitos de um Deus que se importa e cuida podem ser empregados para promover maior autonomia e autoconfiança da pessoa. Considerando a importância da religiosidade no contexto cultural brasileiro, o aprofundamento do tema seria de grande relevância para os campos da Teologia, da Psicologia e das Ciências das Religiões.