A coarctação da aorta (CoA) é uma das anomalias cardíacas congênitas mais comuns, frequentemente associada a outros defeitos cardíacos congênitos. Embora essa patologia seja identificada geralmente no período neonatal/infantil, ainda há muitos jovens e adultos assintomáticos, os quais acabam subdiagnosticados. O principal achado no exame físico é a hipertensão dos membros superiores e, por esse motivo, a CoA deve ser considerada em qualquer jovem hipertenso, justificando a medição da pressão arterial dos membros inferiores pelo menos uma vez nesses pacientes. O diagnóstico precoce, principalmente através do ecocardiograma, e o tratamento adequado são de extrema importância, haja vista que os pacientes com CoA têm risco aumentado para complicações cardiovasculares e menor expectativa de vida comparados a população em geral. Mesmo após o reparo corretivo da CoA, seja por abordagem cirúrgica ou endovascular, o acompanhamento periódico do paciente é essencial para identificar possíveis complicações a longo prazo. Em mulheres com CoA, seja ela reparada ou não, a gravidez aumenta o risco de aneurismas, dissecção aórtica, hipertensão materna, pré-eclâmpsia e parto prematuro. O controle da pressão arterial é um aspecto imprescindível no manejo da gravidez em mulheres com CoA.Palavras-chave: coarctação da aorta; diagnóstico precoce; coarctação da aorta em adultos; coarctação da aorta e gravidez.