O papel da precipitação na erosão é amplamente documentado, enquanto a relação entre a erosão e períodos de seca é complexa e pouco pesquisada. A bacia hidrográfica do Rio Santa Maria (BHRSM) é extensivamente estudada no que se refere ao desenvolvimento de feições erosivas lineares (FEL), porém sem associação com os períodos de seca. Dessa forma, o objetivo da pesquisa é avaliar o comportamento do NDVI em porções de formação campestre da BHRSM, para anos chuvosos e secos, e relacionar com as FEL. Os dados utilizados se referem a precipitação, imagens de satélite, MDE, geologia e solos. Para a determinação dos anos chuvosos e secos, foi aplicado o Índice de Anomalia de Chuvas. A BHRSM apresentou mais valores classificados nas categorias de anos secos do que chuvosos. A estação Ponte Toropi II se destacou, pois é a que teve mais anos secos e se localiza justamente onde a BHRSM possui maior concentração de FEL. Os menores valores de NDVI ocorrem no período de inverno e no ano de 1989, mais seco da BHRSM. Observou-se que as FEL da BHRSM se desenvolvem nas porções de formação campestre com menor valor de NDVI. Isso se deve ao fato de que a maior parte da formação campestre da BHRSM está sujeita a degradação, e com os períodos secos intensos ocorre diminuição da cobertura vegetal, prejudicando e retardando o crescimento das plantas. Assim sendo, o solo fica exposto contribuindo para o desenvolvimento de FEL em períodos de eventos extremos de chuva.