Eficiência energética passou a ser um item de total importância no meio das organizações e foco de implantação para melhoria constante, especialmente em empresas que possuem seus processos de produção e/ou produto final comercializado com uma grande fatia dependente de equipamentos e máquinas ligados à energia elétrica, como o setor de hipermercados, em que a despesa com energia elétrica em uma planta tem grande representatividade nos custos. Este artigo apresenta uma metodologia criada para identificar e ranquear as lojas de uma rede de varejo de hipermercados, ligada ao setor de comercialização de alimentos, considerando critérios de eficiência energética, direta ou indiretamente, através da análise multicritério com a técnica AHP (Analytic Hierarchy Process). Os critérios de escolha categorizados em quantitativos e qualitativos abordam aspectos como contas de energia, temperatura média externa, dentre outros..Para as lojas menos eficientes os resultados permitem fornecer suporte necessário para a implantação de ações de melhorias, como substituição de equipamentos, reformas de áreas, troca de iluminação, etc., por sistemas mais eficientes, bem como a redução de multas por não conformidades com fatores de energia determinados pela ANEEL, como baixo fator de potência. O estudo de caso para se validar a metodologia foi desenvolvido em uma rede de hipermercados considerando 120 lojas em todo o território nacional. O ranking final, obtido pela aplicação do modelo, aponta as lojas que possuem maior ou menor índice para apoio decisório e priorização de ações de eficiência energética. Uma análise dos resultados é realizada e cita os fatores que estão ligados à eficiência energética, como, por exemplo, consumo de energia, multas por baixo fator de potência ou até mesmo a má qualidade de prestação dos serviços técnicos e que podem, isoladamente ou em conjunto, levar a loja a ter uma boa ou má colocação no ranking final.