Objetivo: Investigar a relação entre o apoio social e a ocorrência de sintomas depressivos em pessoas idosas que residem em áreas de alta vulnerabilidade social. Método: Estudo transversal e quantitativo com 123 pessoas idosas cadastrados em Unidades de Saúde da Família em São Carlos, São Paulo. As pessoas idosas foram divididas em dois grupos - com sintomas depressivos e aqueles que não apresentavam. Para coleta de dados, foram utilizados o Questionário de Caracterização, a Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15) e a Escala de Apoio Social do Medical Outcomes Study (MOS). Para as análises estatísticas foram utilizadas análises estatísticas descritivas, Teste de Qui-Quadrado de Pearson ou Teste Exato de Fisher e Teste de Mann-Whitney. Resultados: As pessoas idosas tinham em média 69,88 anos (DP=6,92) e 3,03 anos de escolaridade (DP=2,92). A maioria do sexo feminino (54,4%), casados (92,7%), mulatos ou pardos (68,3%), católicos (53,7%), aposentados (79,7%) e com percepção de renda insuficiente (57,7%). A prevalência de depressão foi de 39,1%. O grupo sem depressão apresentou uma média total de escore de apoio social mais elevado - 85,12 pontos (DP=13,9), em comparação com o grupo com depressão - 75,54 pontos (DP=21,64). A diferença entre os grupos foi significativa (U=1366,50; p=0,024). Conclusão: Pode-se concluir que pessoas idosas com melhor apoio social e maior quantidade de amigos íntimos e pessoas próximas apresentam um menor número de sintomas depressivos.