O curso de medicina tem sido apontado como fator de risco para o desenvolvimento de sintomas depressivos e ansiosos nos estudantes. O objetivo foi estimar a prevalência de sintomas depressivos e ansiosos em acadêmicos de medicina em uma universidade pública. Trata-se de um estudo descritivo, realizado com estudantes de uma universidade pública. Foram utilizados questionário sociodemográfico, Inventário de Depressão de Beck e Inventário de Ansiedade de Beck. Participaram 33 estudantes com idade entre 20 e 25 anos de idade, maioria do sexo feminino, solteiros e que não moram com a família. A maioria participa de alguma atividade de lazer. A prevalência de sintomas depressivos foi de 27,3% e de ansiedade foi de 54,48%. Encontramos maior relação de sintomas de depressão e ansiedade no sexo feminino, nos que moram longe da família e usam a internet/redes sociais. Tocar instrumentos musicais, praticar atividade física, leitura extracurricular, ir ao cinema foram apontados como fatores de proteção. Esse estudo mostrou que sintomas de depressão e ansiedade são comuns nos estudantes de medicina e os fatores de proteção e de risco precisam ser considerados durante a graduação.