The aim of this study was to evaluate apoptosis and parasite load in the liver and spleen of dogs with visceral leishmaniosis (VL), using immunohistochemistry. Liver and spleen samples from 71 dogs with VL were used. The parasite load in the spleen and liver showed significant difference between organs in infected group (P=0.0219). The density of the parasite load in the spleen (median=2.4) was higher than liver (median=0.8). Immunodetection of apoptotic cells was predominant in lymphocytes and differ between the infected and control group in spleen (P=0.0307) and liver (P=0.0346). There was a significant correlation between apoptosis and parasite load (P = 0.0084; r=0.3104) only in the spleen of the infected group, where it was observed that, when increasing the number of apoptotic cells increases the parasitic load. It was concluded that the liver and spleen of infected dogs presented greater numbers of cells undergoing apoptosis (lymphocytes) than the control group, thus suggesting that this process may be contributing towards the survival of Leishmania in these organs, because lymphocyte in apoptosis did not have the ability to present and recognize the antigen, allowing the survival of the parasite.Keywords: Leishmania infantum, immune escape, apoptosis, dogs.
ResumoO objetivo deste estudo foi avaliar a apoptose e a carga parasitária no fígado e baço de cães com leishmaniose visceral (LV), pela técnica de imuno-histoquímica. Foram utilizadas amostras de fígado e baço de 71 cães com LV. A carga parasitária no baço e fígado mostrou diferença significativa entre os órgãos no grupo infectado (P=0,0219). A densidade da carga de parasita no baço (média=2,4) foi maior do que no fígado (média=0,8). A imunodetecção de células em apoptose foi predominante nos linfócitos, com diferenças entre o grupo infectado e controle no baço (P=0,0307) e fígado (P=0,0346). Houve uma correlação positiva fraca entre apoptose e carga parasitária (P=0,0084; r=0,3104) apenas no baço do grupo infectado, onde observou-se que quando aumentava o número de células em apoptose aumentava a carga parasitária. Concluiu-se que o fígado e o baço de cães infectados apresentam um maior número de células que sofrem apoptose (linfócitos) do que o grupo controle, sugerindo que este processo possa contribuir para a sobrevivência de Leishmania nestes órgãos, pois os linfócitos em apoptose não tiveram a capacidade de apresentar e reconhecer o antígeno, permitindo a sobrevivência do parasita.Palavras-chave: Leishmania infantum, evasão da resposta imune, apoptose, cães.