“…O papel familiar estruturado nessa lógica tinha grande influência no domínio político, pois as ações e participação política dependiam das relações estabelecidas com a figura do patriarca, que procurava representantes que defendessem seus interesses no espaço formal de poder, legitimando a dominação do patriarcado. 1,11 Diferentes obras abordaram esse contexto familiar, como Casa Grande e Senzala de Gilberto Freyre ), e, por algum tempo, foi considerado o único modelo hegemônico de família, entretanto, mesmo na vigência do modelo tradicional, outras formas de família existiam com outros modelos de organização. Famílias com poucos membros, viúvos(as), pais solteiros, com escravos ou índias a , concubinato (relações estáveis sem autorização da Igreja) e ilegítimos (filho fora do casamento civil e religioso) são alguns exemplos de outros tipos de famílias que ocorriam em conjunto ao modelo tradicional, mas que ocorriam em maior demasia nas classes menos abastardas (na exceção, o concubinato), devido às características presentes na época, como o alto fluxo migratório para exploração do território nacional, a burocracia e os agravos financeiros que envolviam a realização do casamento (civil ou religioso).…”