A apendicectomia é uma das cirurgias mais realizadas no mundo, pois ocorre, principalmente, em função de um quadro de apendicite aguda. Por ser uma emergência cirúrgica bastante prevalente, é necessário analisar os dados epidemiológicos como internações, custos, mortalidade e média de estadia hospitalar das formas de realização da mesma: aberta ou laparoscópica, sendo esse o objetivo do trabalho, que utilizou dados da plataforma DATASUS para essa análise. Foram realizadas 30.347 apendicectomias no Rio de Janeiro de agosto de 2016 a julho de 2021, sendo 28.672 cirurgias abertas (94,4%), dentre essas 5.843 urgentes e 236 eletivas, e 1.675 videolaparoscópicas (5,6%), sendo 262 em urgência e 69 programadas. O custo médio de internação foi de R$ 653,47 e R$640,72 nessa mesma ordem. A permanência hospitalar foi de 2,6 dias por vídeo e 3,8 dias para aberta. Ocorreram, 100 óbitos (0,35%) para cirurgia aberta e 3 (0,18%) via laparoscopia. Nos últimos 10 anos, o novo padrão mundial traz a videolaparoscopia como tratamento de escolha, entretanto o Rio de Janeiro ainda não segue essa realidade pela precariedade de infraestrutura e treinamento de cirurgiões. Além disso, tal modalidade por ser menos invasiva diminui as complicações e permanência hospitalar, apesar de apresentar maiores custos. A pandemia do COVID-19 não alterou drasticamente as cirurgias de urgência, uma vez que essa abordagem é fundamental no tratamento de apendicite aguda, diferentemente das cirurgias eletivas. Sendo assim, devido aos benefícios trazidos, deve-se buscar ampliar a realização da videolaparoscopia para retirada do apêndice visando o melhor aos pacientes.