Introdução: a candidíase vulvovaginal é a segunda causa mais comum de sintomas de vaginite e pode acontecer em qualquer estágio da vida das mulheres. Tal doença decorre do sobrecrescimento de fungos da espécie Candida spp. na região vulvovaginal e possui diversos fatores desencadeadores. Objetivo: verificar os principais fatores que influenciam no surgimento da candidíase vulvovaginal. Metodologia: trata-se de revisão de literatura realizada de fevereiro a julho de 2023. Para tanto, buscou-se artigos científicos envolvendo o tema, utilizando os descritores candidíase vulvovaginal, Candida e vulvovaginite, assim como o booleano “AND”. A pesquisa limitou-se aos artigos publicados de 2018 a 2023, disponibilizados gratuitamente e na íntegra, o que resultou na análise de 82 trabalhos, dos quais 28 estudos foram selecionados para análise e discussão na presente revisão. Resultados e discussões: os fungos Candida spp. são normalmente encontrados na microbiota vaginal, mas um desequilíbrio na sua proliferação pode levar à candidíase vulvovaginal. Dentre as manifestações clínicas, verifica-se a coceira, ardor, além do corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto pastoso. Com relação aos fatores de risco associados a essa patologia, verificou-se um grande universo de condições que podem levar ao desenvolvimento da infecção, o que torna difícil a identificação do gatilho. Apesar de não ser considerada uma infecção sexualmente transmissível, a candidíase pode ser transmitida pelo sexo, o que torna a prática sexual um fator de risco. Conclusão: verificou-se que os principais fatores associados à candidíase vulvovaginal são diabetes, gestação, antibióticos, atividade sexual, imunossupressão, anticoncepcionais, medicamentos, deficiência imunológica e hábitos de higiene inadequados.