Objetivo: Avaliar o efeito antitumoral do chá verde e seus compostos naturais no carcinoma de células escamosas oral (CCEO). Metodologia: Trata se de uma revisão integrativa da literatura a partir da questão norteadora “O chá verde tem efeito antitumoral no desenvolvimento do CCEO?”. A busca foi realizada com os descritores “Camellia sinensis”, “Green tea”; “Oral cancer”; “squamous cell carcinoma”; “animals” e “anticarcinogenic agents” nas bases de dados PubMed, Science Direct, Scielo e Google Acadêmico. Os critérios de inclusão foram artigos científicos sobre o efeito do chá verde, na forma de extrato ou compostos isolados, no CCEO, estudos in vivo, em qualquer idioma. Resultados: Obteve-se um total de 1.245 artigos, dentre os quais 11 foram selecionados. A maioria dos estudos (90,9%) foi realizada por países orientais. A epigalocatequina-galato, hamsters e DMBA foram os compostos, modelo animal e carcinógeno mais usados, respectivamente. Observou-se diversos mecanismos de ação (estresse oxidativo, apoptose, inibição da proliferação e diferenciação celular) e efeitos moleculares (alteração na expressão de glicoconjugados, proteínas precursoras amilóides, metaloproteinases e na formação de invadopódios) do chá verde no CCEO. Considerações finais: O chá verde possui efeito antitumoral no carcinoma de células escamosas oral, exercendo ação tanto quimiopreventiva quanto terapêutica, por diferentes vias. Por ser um produto natural, biocompatível, seguro e de fácil acesso/baixo custo seu uso deve ser explorado de forma a contribuir para o tratamento/prevenção do CCEO, o tipo mais frequente de câncer oral.