“…No Rio Grande do Norte, Brasil, um estudo realizado entre outubro de 2013 a setembro de 2014, que contou com 492 mulheres, evidenciou como fator de risco, além de condições clínicas que corroboram as pesquisas já citadas, um número de consultas de pré-natal inferior ao preconizado (OR=5,0; RP=4,2; IC95% 2,5-9,7) e a via de parto cesárea (OR=39,2; RP=31,2; IC95% 9,3-164,5) (17) . Esse achado é corroborado por outros estudos que associam a ausência de cuidados pré-natais com aumento no risco de desenvolver uma ocorrência de Near Miss (18)(19)(20)(21)(22)(23)(24)(25)(26)(27)(28)(29)(30)(31) . Um estudo de caso-controle realizado no Marrocos, com 299 mulheres, em 2012, encontrou uma incidência de Near Miss Materno de 12/1.000 nascidos vivos, com proporção maior para os seguintes fatores de risco quando comparados ao grupo controle: analfabetismo (65% versus 22%, p<0,001); baixo nível socioeconômico (42% versus 10%, p<0,001); história de aborto prévio (21% versus 7%, p<0,001); maior ocorrência de complicações na gravidez (51% versus 19%, p<0,001), e, por fim, menor proporção de mulheres com Near Miss teve acesso aos cuidados de saúde dentro de 24 horas do início de trabalho de parto (19% versus 67%).…”