A Doença de Crohn (DC) é uma condição inflamatória crônica do trato gastrointestinal cuja etiologia ainda não é totalmente compreendida. No entanto, evidências sugerem uma interação complexa entre fatores genéticos, imunológicos e ambientais. Em termos epidemiológicos, a doença afeta mais frequentemente jovens adultos, com incidência aumentando em regiões ocidentais industrializadas. O diagnóstico da DC geralmente envolve uma combinação de história clínica, exames físicos, exames laboratoriais e imagens endoscópicas e radiológicas. No âmbito do tratamento farmacológico, os objetivos principais são controlar a inflamação, aliviar os sintomas e prevenir complicações a longo prazo. Para isso, são utilizados medicamentos como antiinflamatórios, corticosteróides, imunossupressores e biológicos, com a escolha dependendo da gravidade da doença e da resposta individual do paciente. É importante ressaltar que o tratamento é frequentemente individualizado, visando otimizar os benefícios terapêuticos e minimizar os efeitos colaterais. Embora o tratamento farmacológico seja a pedra angular no manejo da DC, em alguns casos, especialmente quando há complicações como estenoses, fístulas ou abscessos, o tratamento cirúrgico pode ser necessário. As intervenções cirúrgicas variam desde procedimentos conservadores, como a remoção de segmentos intestinais afetados, até cirurgias mais extensas, como ressecções intestinais e reconstruções complexas. O objetivo da cirurgia é aliviar os sintomas, corrigir complicações e, sempre que possível, preservar a função intestinal. Por fim, o manejo da DC é multifacetado e requer uma abordagem integrada que combine estratégias farmacológicas e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e minimizar as complicações associadas a esta condição crônica e debilitante.