“…Também é possível verificar essa disparidade no âmbito do PNQ, visto que, desde a sua criação em 1901, até a última edição, em 2019, somente cinco mulheres (3%) ganharam tal honraria (Naidek et al, 2020), mesmo não faltando fortes e competentes candidatas (Santos et al, 2019). Isso pode servir como um indício indireto da existência de uma cultura de discriminação histórica vigente em relação às mulheres, que é sistêmica, universal e permeia toda a estrutura social (Miller-Friedmann et al, 2018). Entretanto, esse problema tem a sua dimensão sociológica pouco explorada e contemplada, pois, apesar de as mulheres terem conquistado o seu espaço na ciência, sua atuação ainda é desigual em relação à atuação masculina (Moschkovich & Almeida, 2015;Naidek et al, 2020).…”