RESUMOO objetivo do estudo foi analisar os efeitos de um programa físico de equilíbrio em variáveis associadas às quedas em idosos. Participaram do programa 17 indivíduos com média de idade de 75,73 anos. Foram utilizados os testes de apoio unipodal (AU), Timed Up and Go (TUG), alcance funcional (AF), força (FMI), flexibilidade de membros inferiores (FLEXMI) e o questionário FES-I. Para a análise dos dados utilizou-se o teste de Wilcoxon (p≤0,05) para comparação entre os dois momentos de avaliação. Para a análise da classificação dos testes de equilíbrio utilizou-se cálculos de distribuição (frequência e percentual) dos períodos pré e pós-treinamento. Os resultados apontaram mudança estatística significante entre o período pré e pós-treinamento nas variáveis AU, TUG e FLEXMI. A classificação dos resultados indicou melhora no pós-teste, havendo assim uma tendência na melhora do equilíbrio após o treinamento, auxiliando na prevenção de quedas. Palavras-chave: Idoso. Equilíbrio postural. Acidente. Quedas.
ABSTRACTThe aim of this study was to analyze the effects of a balanced program for preventing falls in the elderly. The sample consisted of 17 subjects (age: 75.73 ± 8.57). The tests used were one foot (AU), Timed Up and Go (TUG), functional reach (AF), strength (IMF) and flexibility of the lower limbs (FLEXMI) of Rikli and 19 Jones (1999) protocol, FES-I questionnaire. For data analysis we used the comparative statistics with the Wilcoxon test (p = 0.05) between pre and posttest. For the analysis of the classification of balance tests we used distribution calculations (frequency and percentage). There was no statistically significant change between the pre and post-training in the variables AU, TUG and FLEXMI. The classification of the results showed improved post-test, showing a tendency to improve balance after training and helping to prevent falls Keywords: Elderly. Postural balance. Accident. Falls.
IntroduçãoAs modificações decorrentes do envelhecimento predispõem a ocorrência de quedas, as quais podem causar consequências graves. Ao analisar idosos de 41 municípios de sete estados brasileiros a prevalência de quedas encontrada foi de 34,8%1 . Corroborando com esses achados, um levantamento do Ministério da Saúde verificou que cerca de 30% das pessoas idosas caem ao longo de um ano. Essa taxa aumenta para 40% entre os idosos com mais de 80 anos 2 . Dessa forma, verifica-se um importante percentual de idosos caidores, crescendo também a atenção para as consequências dessas quedas. No mesmo levantamento citado anteriormente, é relatado que cerca de 2,5% dos idosos requerem hospitalização após uma queda e, destes, apenas metade sobreviverá após um ano. Além destas consequências graves, outras são mais recorrentes após uma queda, tais como a incidência de fraturas, bem como o aumento do medo de cair 3 . Tais ocorrências podem acarretar diminuição da independência, autonomia e qualidade de vida 4 . Este tipo de constatação, relacionada à população idosa, está sendo factível nas últimas décadas, em razão do aument...