This article reflects on the use of information in the production of spatialities and is part of an ongoing research about Project Experiences in Contemporary Housing that analyzes the projects of the Dutch office MVRDV. The text presented here focuses on the mapping of information as design process, a methodology used by the office that positions its production between research and project investigation. Then, it presents the Silodam project, a case study to illustrate aspects of the analysis intended by the research.Keywords: Design process; Database; Datascapes; Diagrams.
IntroducãoDe modo geral, o campo do "mapeamento de dados" cresceu em relevância paralelamente ao desenvolvimento dos computadores e processadores de informação. A possibilidade da visualização gráfica de dados passa a não ser uma mera questão de representação, mas de organização como resposta às realidades cada vez mais complexas e dinâmicas, que necessitam de soluções rápidas -- tornando os dados elementos indispensáveis. De acordo com os estudos do CROMDI (Center for the Representation Of Multi--Dimensional Information, Universidade de Utah), a solução para a crise da informação está no que denominam "nova arquitetura da representação da informação" definida pela interação entre dados, representação e usuário (Bermudez; Agutter; Foresti, 2006).Como referência para a análise do nosso estudo de caso, fazemos menção a dois trabalhos que tratam do uso da informação nos projetos do escritório de arquitetura holandês MVRDV. Um deles é "MVRDV: The Matrix Project", escrito por Aaron Betsky (2003). O segundo é "What is (really) to be Done?", de Bart Lootsma (2003).Os dois textos analisam o trabalho do escritório através do uso dos datascapes, suas contribuições para o campo da arquitetura e a participação dos arquitetos na sociedade. A definição do papel da arquitetura permeia a discussão de Betsky e Lootsma, seja como forma de pesquisa ou como método contínuo junto ao planejamento urbano e regional.A partir destas referências, analisamos os estudos/datascapes realizados para o Silodam, um projeto habitacional desenvolvido pelo MVRDV (1995--2003), observando dois aspectos importantes: primeiro, com eles os arquitetos participam ativamente das negociações públicas relativas às decisões do projeto; e, segundo, a multidisciplinaridade utilizada para a análise de grande quantidade de informações e a abertura desse processo para a sociedade. Desse modo, temos como objetivo discutir de forma analítica o conceito de datascapes criado pelo escritório para a formulação de cenários a partir de dados, segundo duas frentes de interesse: a primeira, a caracterização de um contexto mais geral de reconversibilidade mútua entre dados e realidades; e a segunda, a caracterização da transformação do processo de projeto em "espacialização da informação".
Mapeamento da InformaçãoO MVRDV é conhecido por seu método de trabalho que envolve extensa pesquisa, coleta e interpretação de dados do contexto para desenvolver as soluções de projeto. Para além de seu trabal...