Neste artigo, discuto a autodeterminação indígena em nosso continente (Abya Yala e Turtle Island) e como a maioria dos estados-nação aborda a questão do ponto de vista de "você pode sentar conosco, mas sob nossos termos". Essa posição prega a inclusão dos povos indígenas na sociedade, mas sob os padrões liberais ocidentais que são conduzidos como assimilação, característica do capitalismo neoliberal e neocolonial. Argumento que a autodeterminação indígena, com base em pensadores indígenas, decoloniais e marxistas, inclui dois elementos: o direito de exercer efetivamente a autonomia em suas comunidades, bem como a participação na tomada de decisões no estado-nação. Mostro que menos de um terço dos países do continente reconhecem formalmente a autodeterminação indígena em suas Constituições, e que a maioria dos estados-nação que a reconhecem, considera apenas um elemento da autodeterminação indígena, não ambos, com mecanismos quase inexistentes para exercê-la efetivamente por todos os grupos indígenas.