Este estudo teve por objetivo analisar a relação entre ambiente organizacional com os problemas osteomusculares em profissionais de enfermagem em um hospital escola. Trata-se de um estudo transversal analítico com abordagem quantitativa. Do total de 240 trabalhadores de enfermagem, 70 foram excluídos após aplicar os critérios de inclusão e exclusão. A amostra final foi constituída de 119 profissionais de enfermagem ao utilizar um nível de confiança de 95% e margem de erro de 5%. Os profissionais responderam questionários sociodemográficos, de informações laborais e o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QSNO). Dos 119 profissionais, 97,5% eram do sexo feminino, a faixa etária predominante foi de 20 a 35 anos e 63% relataram ter filho. Um total de 103 pessoas relataram algum sintoma osteomuscular, sendo a região lombar a mais acometida nos últimos 12 meses (60,5%) e nos últimos 7 dias (43,7%). A análise dos dados mostrou que aqueles que relataram algum sintoma nos últimos 12 meses também consideravam que o seu ambiente de trabalho trazia algum risco à saúde (p=0,02) e que as pessoas que possuíam filhos se afastaram mais do trabalho do que aquelas que não possuíam filhos (p=0,03). Além disso, aqueles que relataram que “costumavam se cansar” apresentaram algum sintoma osteomuscular nos últimos 12 meses (p<0,01) e nos últimos sete dias (p=0,02). Analisando os dados este estudo mostrou que a percepção de risco à saúde no ambiente de trabalho e sentimento de cansaço ou fadiga foram os fatores implicados em mais sintomas, enquanto que a satisfação no trabalho esteve relacionada a menos queixas álgicas.