Área de concentração em Direitos Humanos da USP: inclusão e inovação

Abstract

Este artigo pretende registrar a história e ressaltar o impacto da fundação da área de concentração em Direitos Humanos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (FDUSP). Para tanto, os autores analisaram a bibliografia já existente sobre o tema e levaram em conta também a própria experiência como coordenadores e professores, além de terem buscado documentos cedidos pela Fundação Carlos Chagas, empenhando-se na realização de entrevistas com personalidades que tiveram papel de destaque nesse processo. 7 Este texto tem o valor de registro histórico e aponta as contribuições da área de concentração para a ciência jurídica contemporânea, além de

Tecendo a Rede Da Vida Além Do Capitalismo Verde

“…Esse projeto também mantém como pressuposto a dicotomia entre homem e natureza, proveniente da filosofia dualista cartesiana, que tem sido responsável por colocar os recursos ligados à sobrevivência humana à disposição exclusivamente para a exploração ilimitada em prol do desenvolvimento capitalista (COMPARATO, 1997;HERRERO, 2017). Ao contrário, os mesmos idealizadores do capitalismo verde sustentam, para garantir seu uso futuro, o "mito da floresta intocada", baseado na ideia de que a conservação somente é possível sem a presença humana, motivo pelo qual as comunidades ancestrais vêm sendo removidas e perdendo espaços vitais para seu modo de vida.…”

Proteção de direitos humanos e democracia: uma análise longitudinal da percepção do cidadão brasileiro de 2007 a 2015

“…Teve início nesse período, então, o primeiro esboço de uma definição de pessoa humana detentora de direitos a ela inerentes a partir da noção de um cidadão detentor de função social -embora se saiba que a denominação de cidadão era restrita na época. No entanto, foi com o surgimento da lei escrita que o direito do homem a ser tratado igualmente pelo simples fato de sua humanidade tornou-se aplicável a todos os indivíduos(COMPARATO, 2010).Após a ebulição da Revolução Francesa, entretanto, os ditos direitos do homem foram por longo período relegados ao segundo plano na prática social e, de acordo comHunt (2009, p. 16), "a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão afirmava salvaguardar as liberdades individuais, mas não impediu o surgimento de um governo francês que reprimiu os direitos (conhecido como o Terror)". Foi, dessa forma, somente após as atrocidades ocorridas durante a Segunda Guerra Mundial que passou a haver uma cooperação internacional em prol dos Direitos Humanos, que culminou, em 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) (HUNT, 2009).…”