Este trabalho teve por objetivo avaliar a influência de três atmosferas diferentes (2% O2 + 8% CO2, 4% O2 + 8% CO2 e atmosfera ambiente) na qualidade de milho verde do tipo doce minimamente processado, durante sua conservação a 5 °C. Foram utilizadas espigas de milho verde do tipo doce, híbrido do programa de melhoramento da Embrapa Milho e Sorgo com gene mutante sh2 (Embrapa HT1). O conteúdo de glicose, frutose, β-criptoxantina, firmeza e valor L* foram influenciadas somente pelo tempo de conservação. As atmosferas controladas foram eficientes em reduzir a perda de massa das espigas de milho doce e, pelos dados obtidos para o pH e acidez titulável, manteve a atividade respiratória reduzida em até três dias de armazenamento. O conteúdo de sacarose mais elevado nas espigas armazenadas em atmosfera ambiente pode, adicionalmente, indicar mais rápida degradação de amido e maior disponibilidade de substrato para a respiração. De modo geral, o uso da atmosfera controlada não influenciou nos teores de carotenóides totais. A atmosfera de 2% O2 e 8% CO2 apresentou maiores valores de b* e de firmeza. Todas as amostras de milho doce minimamente processado analisadas, independente das atmosferas de conservação, encontravam-se dentro dos limites microbiológicos aceitáveis especificados pela legislação. No entanto, a atmosfera de 2%O2 e 8%CO 2 apresentou menores populações de coliformes a 35 °C, de bactérias aeróbias psicrotróficas e fungos filamentosos e leveduras, sendo, então, a mais indicada para a conservação pós-colheita dos milhos doces minimamente processados, durante nove dias.