“…No entanto, nenhuma dessas três frentes investigativas propôs-se a pesquisar o ensino de tal forma a compreender como aspectos didáticos desdobram-se na constituição do sujeito arquiteto. Até mesmo relações entre arquitetura e produção de sujeitos, tomando-se a arquitetura como projeto de subjetivação, não têm sido frequentes nas pesquisas que articulam arquitetura e educação no Brasil (Vasconcelos & Maknamara, 2020). Se é considerado "importante que os cursos de Pós-Graduação na área da Arquitetura e Urbanismo reservem espaços maiores para a discussão de questões fundamentais como didática e técnicas para o ensino de projeto arquitetônico" (Nogueira, 2009, p. 160); se "pensar sobre o ensino de projeto requer a utilização de procedimentos, conceitos e objetivos próprios da produção da arquitetura" (Barossi, 2005, p.2); se "o ensino para projeto de arquitetura encontra limites também em sua capacidade de formular regras e métodos que garantam o sucesso" (Kotchetkoff, 2016, p. 292) e o resultado final do saber-fazer oriundo do ensino de projeto "sempre necessitará de escolhas do arquiteto, e sempre será dirigido por sua personalidade e seu conhecimento" (Kotchetkoff, 2016, p. 289); e se há conexões entre procedimentos projetuais, docência e modo de ser arquiteto (Iuwamizu, 2015), constitui um objeto inédito e original para o campo da arquitetura e do urbanismo aarticular pesquisas em ensino de arquitetura, didática de projeto e formação de futuros arquitetos/as.…”