anos 1960-70, com quem aprendi em arquivo, em bibliografia, e em diferentes situações de convivência, por não ter negociado uma série de princípios que ainda seguimos, e por ter estabelecido na prática antropológica as condições para um processo radicalmente colaborativo, centrado na garantia dos direitos e da autonomia de nossos interlocutores de pesquisa, que procuramos sempre aprofundar. Agradeço de modo especial às lideranças e pensadores indígenas que pude ouvir, embora pontualmente, neste processo -em particular à equipe do projeto Arquivo Kamayurá, e aos participantes do III Fórum de Museus Indígenas, de 2017e, indiretamente, a todos que conversaram com os muitos pesquisadores que produzem a bibliografia e o idioma dos trabalhos que tomo como referência. Estas conversas me sensibilizaram e nortearam na construção da tese, embora não estejam aqui diretamente tematizadas. Agradeço a Timóteo Popygua, a Cristine Takuá, a Carlos Papá Mirim, a Antônia Kanindé, e ao Cacique Ronaldo Kaingang, pelas pérolas de pensamento que eles dividiram comigo e que me acompanham como ensinamentos. Agradeço também a todos os parceiros da Coleção Mundo Indígena da Editora Hedra, projeto em meio ao qual aprendi muito a respeito de saberes indígenas e do cuidado na sua transmissão. As inúmeras conversas que tive com profissionais da memória e com colegas pesquisadores nos muitos espaços que vamos percorrendo ao longo da pesquisa foram inestimáveis, e exigiram ser incorporadas de algum modo a este trabalho. Agradeço em particular aos profissionais de arquivo que encontrei em muitos lugares no Brasil, sempre dispostos a conversas, apoio e verificações, em particular a Thaís Bayer; a Rodrigo Piquet Sabóia de Mello e Thais Tavares Martins, do Serviço de Referências Documentais do Museu do Índio/Funai/RJ; a Marcelo Quintanilha e Marcelo Chaves, do Arquivo Público do Estado de São Paulo; e a Joseane Oliveira, dos Lugares de Memória da UFBA.Os cinco anos em que acompanhei mais de perto o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da USP me suscitam grande admiração pelos meus colegas pós-graduandos e, de um modo mais geral, pelos colegas das numerosas pósgraduações no Brasil, pela sua coragem, franqueza, rigor e engajamento. Manifesto em particular a minha solidariedade aos colegas do Museu Nacional, que nos dão um exemplo de resistência.A dádiva da hospitalidade e da amizade de pessoas que eu já conhecia, e de outras que eu sequer conhecia quando me receberam, em Salvador, em Florianópolis,