A ação do ser humano sobre a natureza, vem dando origem a novos ambientes. São Luís, capital do estado do Maranhão, tornou-se uma grande aglomeração urbana cujo crescimento demográfico está refletido na intensidade da sua ocupação espacial. Uma das áreas da cidade que sofreu transformações importantes na ocupação de seu solo, foi a região conhecida hoje como Península da Ponta D’Areia, onde o Espigão Costeiro foi construído. Esta obra foi concebida, dentre outras razões, para conter o avanço da erosão do mar na região, bem como recompor a faixa de areia original do local. Por efeito do espigão, um novo ambiente tem sido formado em área lateral à estrutura construída, em sua porção terrestre, atualmente com restinga incipiente. A área de estudo conta com vegetação em estágios. Com o objetivo de entender o caminho da colonização vegetal na área e o desenvolvimento do processo a partir da cobertura vegetal, oito áreas de foram levantadas, registrando-se as tipologias em desenvolvimento e as espécies em instalação. O ambiente natural atual constitui uma estrutura física de arrumação e o ambiente biológico, incluindo microrganismos, flora e fauna, é estimulado pela arrumação física que se desenvolve. Na flora que se estabelece, vegetação herbácea de praias e dunas, vegetação arbustiva tipo escrube e formação arbórea baixa são as tipologias vegetacionais diferenciadas no ambiente em formação. Como esperado em áreas de sucessão, baixo número de espécies com elevado número de indivíduos por espécie. Entre as espécies registradas, naturais do ambiente de restinga, mas também secundárias, invasoras e ruderais.