Resumo: Este trabalho apresenta algumas questões sobre as quais o campo da Saúde Pública/Coletiva no Brasil precisa se reposicionar. Tomando por referência a concepção de biológico e social que se consolidou no campo a partir da década de 1970, discute-se a concepção de natureza e cultura que subsidiou o debate. Mostra como esse debate foi circunstanciado historicamente, por isso mesmo merecendo uma revisão, tendo em vista o contexto das sociedades modernas contemporâneas. As práticas biotecnológicas são objeto da análise na medida em que, além do seu uso intensivo pela saúde, carregam consigo as características de articular o biológico e o social num mesmo objeto, de transformar e criar seres vivos e de atuar na diversidade biológica. Este cenário coloca, à Saúde Pública/Coletiva, a imperiosa necessidade de rever seus marcos teórico-epistemológicos. Palavras-chave: natureza, cultura, biodiversidade, biotecnologia, saúde pública.