“…Sendo assim, língua e literatura não precisam ser trabalhadas de forma separada, uma vez que a literatura se manifesta por meio da própria língua e que os escritores realizam um complexo trabalho linguístico em seus livros, trabalho este que não pode ser deixado de lado quando uma obra literária é analisada. Sá (2016) vai adiante e destaca que "língua e literatura [podem] ser encaradas como aliadas na formação de leitores, e não como caminhos distintos para alcançar esse objetivo" (p. 122) [grifo meu], o que não significa que o texto literário deva se tornar um pretexto para exercícios gramaticais, por exemplo. Assim, obras como "Felpo Filva" 87 , de Eva Furnari, possibilitam não só um trabalho literário, mas também de análise e reflexão linguística, uma vez que traz diversos textos não literários em seu bojo.…”