O projeto ROSE (The Relevance of Science Education) busca compreender dados atitudinais e emocionais de jovens acerca da Ciência e Tecnologia a partir de dados coletados em um questionário já aplicado em mais de 40 países. Os resultados do ROSE-Brasil mostraram que os jovens apresentam um alto interesse pela disciplina ciências, mas que gostam mais de outras disciplinas. Este artigo tenta compreender como os jovens brasileiros se comportam frente à essa divergência ao redor do interesse e da preferência pela disciplina de ciências. Para alcançar nosso objetivo utilizamos os dados brutos da amostra ROSE-Brasil 2011, e nos valeremos de métodos de análises estatísticas. Os jovens brasileiros dividem-se em quatro grupos: Prioridade não específica (3,98%), esse grupo não tem interesse pelas aulas de ciências, mas prefere a disciplina a outras; Baixa prioridade (20,26%), não possuem nem interesse, nem preferência pela disciplina ciências; Prioridade específica (30,6%) possuem interesse e preferem a disciplina ciências a outras; Outras prioridades (45,14%) grupo mais expressivo encontram-se os jovens que têm interesse mas não preferem a disciplina ciências. Desses grupos três são mais representativos da realidade dos jovens brasileiros, tornando relevante investigar as diferenças entre os interesses e hábitos ligados à ciência e tecnologia dos jovens de cada grupo para subsidiar a criação de estratégias que tornem o ensino de ciências mais atrativo.