Este trabalho tem como objetivo traçar um panorama da formação em Estatística dos cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu da área de Saúde Coletiva. No Brasil, são 32 universidades públicas que oferecem pós-graduações na área, sendo 22 (68,75%) Federais e 10 (31,25%) Estaduais e Municipais. Realizou-se análise documental de 391 ementas de disciplinas de Estatística. Dessas, 13,25% foram classificadas como nível básico em estatística, 16,62% como intermediárias e 70,13% como avançadas. Observou-se que a Região Norte é a que tem menos programas de Pós-Graduação na área, indicando, portanto, a necessidade de mais investimento. As ementas envolvem conceitos complexos de Estatística e indicam uso intenso de recursos computacionais. Portanto, é interessante que os pós-graduandos tenham elevados graus de letramento estatístico e pensamento computacional para seu bom desempenho. Parece que os currículos dos PPG em Epidemiologia, Saúde Coletiva e Saúde Pública estão promovendo um conhecimento que favorece o desenvolvimento de pensamento estatístico abrangente e o desenvolvimento de autonomia para aplicação e interpretação dos conceitos estatísticos pelos pós-graduados.