Se analisam as “concepções dominantes” relacionados à “esfera pública” e ao “espaço público” presentes em Habermas, Arendt, Sennett e Davis, expondo suas ideias, e as reflexões de seus principais críticos. Se argumenta que as concepções elaboradas pelos citados autores, estão relacionadas a uma visão consensual e inerte do espaço público, que impede considerar a possibilidade de insurgência ou transformação social. Posteriormente, apresentamos elementos de análises que permitem entender o espaço público a partir de uma perspectiva alternativa, dialética, e criativa; situada na realidade latino-americana, desenvolvendo a categoria de “fragmentação socioespacial”, à luz de observações realizadas durante dois trabalhos de campo acontecidos na cidade média de Mossoró, no nordeste brasileiro. Nossa proposta permite considerar as disputas e usos criativos que se realizam no espaço público, principalmente entre as classes subalternas, e que permitem reconsiderar a ideia de “morte” e “crise” do espaço público.