As interfaces entre Serviço Social e subjetividade a partir do filme Coringa

Abstract

Apresenta-se, neste artigo, algumas reflexões sobre a relação entre Serviço Social e subjetividade, com base no filme Coringa (2019). A partir da pesquisa qualitativa na modalidade bibliográfica e de caráter exploratório, da análise de material audiovisual e da base teórica interdisciplinar, percebe-se a importância da discussão sobre Serviço Social e subjetividade. Porém, é necessário aprofundar e ampliar esse debate, de modo explícito e estrutural, principalmente, sob o viés de uma perspectiva emancipatória e plural, voltada para os processos de formação dos sujeitos e do/a assistente social; da atuação profissional e da educação profissional permanente, bem como para o campo da pesquisa e produção do conhecimento.

A atuação nas políticas públicas e projetos sociais: desafios experiências exitosas

“…Por trás da diversidade de conceitos que visam a instituir novos modos de organização do trabalho e da produção -economia social, economia de proximidade, economia solidária ou de solidariedade, socioeconomia solidária, economia social, humanoeconomia, economia popular, economia do trabalho, economia do trabalho emancipado, colaboração solidáriaexiste uma busca comum de se recuperar o sentido original do vocábulo economia, que em grego significa a gestão, o cuidado da casa. (ARRUDA, 2003) Assim como Arruda (2003), Razeto (1993) concorda que a teoria econômica tradicional não tem dado conta de explicar uma parcela significativa da sociedade que realiza atividades econômicas que não são enquadradas em tal teoria. Dessa forma, há a necessidade de se desenvolver uma nova teoria acerca dessa nova realidade de empreendimentos que, apesar de fazerem parte da economia de mercado, não se baseiam na propriedade privada dos meios de produção e nem no trabalho assalariado.…”

“…Dessa forma, há a necessidade de se desenvolver uma nova teoria acerca dessa nova realidade de empreendimentos que, apesar de fazerem parte da economia de mercado, não se baseiam na propriedade privada dos meios de produção e nem no trabalho assalariado. Arruda (2003) e Razeto (1993), por meio da utilização de seus mais diversos termos (economia popular, socioeconomia solidária, economia popular solidária, etc.) e também da história, afirmam que a economia solidária surge principalmente como resposta à incapacidade da economia de mercado de garantir provimento às necessidades básicas da população, principalmente a partir da implantação de modelos neoliberais a partir do final da década de1970 e início da de 1980.…”

“…Isso significa que todos têm voz e poder de decisão, promovendo uma maior participação e engajamento dos trabalhadores no processo produtivo. (ARRUDA, 2003;RAZETO, 1993e SINGER, 2002. • Design: nesta fase, os produtos são projetados para durar mais tempo, serem reutilizados, reparados ou reciclados com mais facilidade.…”

“…Sua produção absorve aproximadamente 2000 recortes com peso de cerca de 800 gramas, consumido, em média, um dia de trabalho de um artesão. A associação destes artesãos com o objetivo coletivo de produzir e comercializar tapetes, cuja renda será revertida aos próprios artesões, sendo ainda detentores das ferramentas necessárias para a confecção dos tapetes (palitos de madeira, tesoura e máquina portátil para cortar tecido) são pilares fundamentais de empreendimentos de economia solidária (ARRUDA, 2003;RAZETO, 1993e SINGER, 2002. Considere-se ainda outro fator relevante: os artesãos são pessoas em situação de vulnerabilidade social que dificilmente encontram possibilidade de emprego no modelo capitalista tradional de trabalhao, onde há a figura de uma empresa, controlada por poucos, contratando a mãode-obra dos funicionários.…”