“…Além disso, o panorama atual dessa formação é também caracterizado pela diminuição do interesse pelas licenciaturas, cada vez menos procuradas pelas novas gerações de estudantes, para as quais a docência não é considerada atrativa, devido, em parte, à precariedade das condições de trabalho e às baixas remunerações em comparação com os rendimentos proporcionados por outras carreiras de nível superior (VIEIRA, 2014;ARANHA;SOUZA, 2013;LEME, 2012). Os professores são ainda premidos por exigências cada vez maiores, tendo em vista as mudanças sociais, culturais e econômicas, que adicionam às demandas apresentadas à educação e aos profissionais da educação um sem número de expectativas que ultrapassam a esfera escolar e/ou educacional (ARANHA;SOUZA, 2013). Esse quadro é agravado pelo fato de que, no Brasil, a constatação da importância do professor na qualidade dos processos de ensino e aprendizagem não tem sido acompanhada por ações articuladas e permanentes de valorização efetiva deste profissional, uma vez que elementos essenciais "(...) para a profissionalização da atividade docente, como formação, duração da jornada de trabalho, remuneração e estrutura da carreira" não recebem "(...) em contrapartida, o tratamento adequado na pauta das políticas educacionais" (ALVES; PINTO, 2011, p. 608).…”